O cenário atual é preocupante, com cerca de 32 milhões de brasileiros vivendo sem acesso à água potável e mais de 90 milhões sem coleta de esgoto. A lei estabelece metas ambiciosas, determinando que até 2033 todas as localidades brasileiras devam atender a 99% da população com abastecimento de água e 90% com esgotamento sanitário. Entretanto, o levantamento aponta que ainda são necessários mais de R$ 500 bilhões de investimentos pelas operadoras de saneamento para atingir a universalização.
De acordo com a pesquisa, o investimento anual teria que mais do que dobrar a partir de 2023 para que a meta seja alcançada. Atualmente, o investimento anual está em torno de R$ 20,9 bilhões, indicando a necessidade de um esforço financeiro significativo para garantir melhorias no setor. A falta de contratos de saneamento regular em aproximadamente 10 milhões de pessoas que vivem em 579 cidades também é um obstáculo que precisa ser superado.
A presidente-executiva do Trata Brasil, Luana Pretto, ressaltou a importância do saneamento básico para a saúde pública e instou os candidatos que estão se preparando para as eleições municipais a incluírem o tema em seus planos e se comprometerem com a melhoria do acesso à água e ao esgotamento sanitário. A responsabilidade pelo saneamento básico é principalmente local, mas cabe ao governo federal coordenar e implementar políticas públicas para garantir avanços nesse setor crucial para a qualidade de vida da população.