Nova reforma do ensino médio aguarda sanção de Lula e preocupa secretários estaduais por prazo curto e dificuldades regionais

A reforma do ensino médio, aguardando sanção do presidente Lula, traz importantes mudanças para a educação no Brasil. O Conselho Nacional de Educação terá a responsabilidade de atualizar as diretrizes curriculares do país até dezembro de 2024, apenas dois meses antes do início do ano letivo de 2025, quando a reforma deve ser implementada.

Essas diretrizes visam definir as competências e habilidades a serem desenvolvidas na etapa final da educação básica, bem como os conteúdos que comporão essa formação. Secretários estaduais estão apreensivos com o curto prazo e aguardam as deliberações do órgão vinculado ao Ministério da Educação. O presidente do Conselho Nacional de Educação, Luiz Roberto Liza Curi, garante a divulgação dos procedimentos antes do prazo estabelecido.

O novo modelo de ensino médio pretende manter a estrutura definida na reforma de 2017, com a divisão do ensino em dois blocos: uma parte comum a todos os alunos e outra de itinerários formativos. A principal mudança será a destinação de mais tempo de aulas para a parte comum, com 80% da carga horária voltada para disciplinas tradicionais como português, matemática, física e história, alinhadas à Base Nacional Comum Curricular.

Os itinerários formativos, divididos em linguagens, matemática, ciências humanas, ciências da natureza e ensino técnico e profissional, representarão o restante da carga horária. A implementação da reforma preocupa gestores de estados como Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, devido à complexidade da adaptação necessária em grandes redes de ensino.

Apesar dos desafios, a aprovação do novo ensino médio é vista como uma oportunidade para proporcionar maior aprofundamento nas necessidades dos estudantes. O presidente do CNE assegura que as diretrizes serão divulgadas antes de dezembro. A expectativa é de que a aplicação da reforma seja feita de forma escalonada, com o 1º ano em 2025, o 2º em 2026 e o 3º em 2027. O ministro da Educação, Camilo Santana, afirma que todas as redes terão tempo para organizar a implementação das mudanças já para o próximo ano letivo.

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