No Brasil, a venda do AR-15 é liberada apenas para os CACs (colecionadores, atiradores desportivos e caçadores), com custos que variam de R$ 35 mil a R$ 40 mil. Esse tipo de arma é considerado letal devido à sua capacidade de disparar até 100 projéteis em poucos segundos a distâncias de até 400 metros.
A NRA (Associação Nacional do Armamento) dos EUA estima que 1 a cada 20 americanos possui um fuzil AR-15, sendo amplamente utilizado para caça e proteção pessoal. No entanto, em alguns dos massacres recentes nos Estados Unidos, a polícia identificou o AR-15 como arma utilizada.
O mercado de armas de fogo também é expressivo no Brasil, com uma crescente semelhança ao cenário americano, especialmente durante a presidência de Jair Bolsonaro. Após flexibilizações na legislação de posse de armas, mais de 30 mil fuzis AR-15 foram adquiridos por CACs no Brasil.
Organizações criminosas brasileiras também fazem uso do fuzil AR-15, o que levou a uma ampla discussão sobre a segurança pública no país. De acordo com dados do Atlas da Violência, a taxa de homicídios no Brasil permaneceu estagnada durante os quatro anos do governo Bolsonaro.
Apesar das controvérsias em torno do uso de armas de fogo, a Aspaf ressalta que o aumento na aquisição de armas durante a gestão bolsonarista acompanhou um declínio nos números de homicídios. Porém, especialistas alertam para os riscos de armamento letal nas mãos erradas e defendem uma legislação mais restritiva para evitar crimes cometidos com esse tipo de arma.