Segundo informações colhidas pelos investigadores, durante a quarta fase da Operação Última Milha, foi encontrada uma gravação de uma reunião entre Ramagem e o ex-presidente Bolsonaro, na qual foi mencionado um plano para anular o inquérito das “rachadinhas” que envolvia o senador Flávio Bolsonaro. No áudio, Ramagem discute a necessidade de abrir um procedimento administrativo contra auditores da Receita, visando anular a investigação e remover alguns auditores de seus cargos.
Esta não é a primeira vez que Ramagem é interrogado pelas autoridades, já tendo sido ouvido anteriormente por declarações contra o ministro do Supremo Tribunal Federal, Flávio Dino. Ramagem utilizou as redes sociais para se manifestar sobre a nova fase da operação, classificando-a como um “alvoroço” da Polícia Federal e negando as suspeitas levantadas, que ele considera como “ilações e rasas conjecturas”.
A Operação Vigilância Aproximada, relacionada à Operação Última Milha, autorizou mandados de busca e apreensão contra Ramagem em janeiro. Durante sua gestão na Abin, entre julho de 2019 e abril de 2022, suspeita-se que dois servidores tenham utilizado a estrutura estatal para ações de espionagem. A investigação agora apura se houve o uso de um software chamado FirstMile para monitorar diversas autoridades, incluindo ministros do STF, deputados federais, senadores, entre outros.
O deputado, também pré-candidato à prefeitura do Rio de Janeiro pelo PL, continua a negar as acusações e enfatiza seu compromisso com a mudança positiva para a cidade. A atuação da Polícia Federal demonstra a intensidade das investigações em relação ao possível monitoramento ilegal e uso indevido de recursos estatais para fins políticos. Os desdobramentos futuros desse caso devem continuar a atrair a atenção da opinião pública e levantar questionamentos sobre a legitimidade das ações dos agentes públicos envolvidos.