Após o ocorrido, o Palmeiras entrou em contato com o gabinete da ministra para informar sobre o posicionamento de Abel Ferreira, que reconheceu o erro e pediu desculpas às comunidades indígenas do Brasil. Nas redes sociais, Guajajara destacou a importância do pedido de desculpas e ressaltou a necessidade de repudiar qualquer forma de preconceito e discriminação.
Abel Ferreira, por sua vez, também utilizou suas redes sociais para se retratar, admitindo o equívoco em sua declaração e reconhecendo o impacto das palavras, independentemente da intenção. O técnico pediu desculpas a todos, em especial às comunidades indígenas, destacando a importância de questionar, pensar e melhorar constantemente.
A ministra Guajajara classificou as falas de Abel Ferreira como “inadmissíveis” e convidou o técnico a conhecer a história dos povos indígenas do Brasil, assim como a história de colonização de Portugal em relação ao país. Ela ressaltou a importância do reconhecimento de crimes contra escravos e indígenas no Brasil, destacando a necessidade de ações concretas de reparação.
Além disso, Guajajara mencionou os recentes posicionamentos do governo português em relação ao combate ao racismo e xenofobia, destacando a importância de avançar em uma agenda de igualdade étnico-racial como premissa para a cidadania. A ministra enfatizou a relevância de resgatar, preservar e valorizar a história e os saberes da cultura afro-indígena no Brasil.
Em meio a esse debate, o episódio envolvendo Abel Ferreira e as comunidades indígenas acabou por destacar a importância do respeito e da valorização da diversidade étnico-racial, bem como da necessidade de combater preconceitos e estereótipos enraizados na sociedade. A retratação do técnico e as considerações da ministra ressaltam a urgência de promover um diálogo inclusivo e de buscar construir uma sociedade mais justa e igualitária para todos.