Os participantes do estudo tinham eletrodos implantados em seus cérebros, o que possibilitou o registro da atividade de cerca de 300 neurônios do córtex pré-frontal, região responsável pelo significado semântico das palavras. Durante o experimento, os pesquisadores observaram a relação entre as palavras que ativavam a mesma atividade dos neurônios e notaram que as categorias atribuídas pelo cérebro eram semelhantes entre os participantes, indicando que os humanos agrupam os significados de forma similar.
Foi constatado que os neurônios do córtex pré-frontal não distinguem palavras apenas pelos sons, mas também pelos seus significados. Por exemplo, ao ouvir a palavra “filho” em inglês (“son”), os neurônios ativavam o campo associado a membros da família, mostrando como o contexto da frase é essencial para a compreensão do significado. Por outro lado, palavras com sons semelhantes, como “filho” e “sol” (“sun”), provocavam respostas neurais distintas devido à diferença de contexto.
O próximo passo dos pesquisadores será investigar a atividade dos neurônios em outras línguas e em pessoas bilíngues, a fim de compreender se as representações semânticas são semelhantes e se o acesso aos significados das palavras gera respostas neurais equivalentes na compreensão e produção da linguagem. Essa pesquisa traz novas perspectivas para o entendimento do funcionamento do cérebro humano no processamento da linguagem e na formação de significados.