Delação premiada de Ronnie Lessa é utilizada por milicianos presos para buscar liberdade na Justiça do Rio

Na manhã de hoje, dois milicianos presos surpreenderam ao utilizar a delação premiada do ex-PM Ronnie Lessa, conhecido como assassino confesso da vereadora Marielle Franco (PSOL), para tentar obter liberdade perante a Justiça do Rio de Janeiro. As defesas do ex-vereador Cristiano Girão e do ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, popularmente conhecido como Suel, alegam que os depoimentos de Lessa os isentam dos crimes pelos quais foram denunciados pelo Ministério Público.

Apesar dos argumentos das defesas, o Ministério Público do Rio de Janeiro se posicionou contrariamente à liberdade dos acusados, manifestando que os depoimentos de Lessa não são suficientes, sem corroboração, para liberar os dois da prisão. As solicitações ainda aguardam decisão judicial.

A delação alcançada por Lessa trouxe à tona informações relevantes sobre a morte de Marielle, apontando os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão como os mandantes do crime. Ambos foram presos preventivamente e passaram a figurar como réus no Supremo Tribunal Federal. Importante ressaltar que os irmãos negaram qualquer envolvimento no assassinato da vereadora.

Além das revelações acerca do caso Marielle, Lessa também abordou outros crimes pelos quais é acusado. O acordo de colaboração premiada requer a homologação nos juízos responsáveis pelas demais ações penais em curso. No entanto, a situação jurídica dos acusados ainda aguarda avaliação.

Em relação a Cristiano Girão, ex-vereador preso sob a acusação de ter encomendado a morte do ex-PM André Zóio, Lessa afirmou não possuir qualquer familiaridade com o político interessado. A defesa de Girão já solicitou a revogação da prisão preventiva, argumentando a inocência do ex-vereador.

Quanto ao ex-bombeiro Suel, apontado por Lessa como o responsável por disponibilizar o veículo utilizado na emboscada contra Marielle, o ex-PM esclareceu à Polícia Federal que Suel não estava ciente do planejamento do crime. Contudo, as declarações de Lessa precisam ser corroboradas pela Promotoria, que se posicionou contrariamente à liberdade do ex-bombeiro.

Diante de tantos desdobramentos, a Justiça ainda terá que decidir os rumos dessas solicitações, levando em consideração a complexidade do caso e a necessidade de encontrar a verdade por trás dos crimes investigados. O desfecho desses pedidos permanece sob análise, aguardando a atuação do Poder Judiciário para garantir a justiça e a segurança necessárias para a sociedade.

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