Abin monitorou ilegalmente ministros do STF, deputados, senadores e jornalistas, revela Polícia Federal em nova fase da Operação Última Milha.

A Operação Última Milha, deflagrada pela Polícia Federal nesta quinta-feira, revelou que a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) monitorou ilegalmente diversas autoridades brasileiras. Entre os alvos estavam ministros do Supremo Tribunal Federal, deputados federais, senadores, um ex-governador, servidores do Ibama, auditores da Receita e jornalistas.

De acordo com as investigações, ao menos quatro ministros do STF foram monitorados: Alexandre de Moraes, Dias Toffoli, Luís Roberto Barroso e Luiz Fux. No Poder Legislativo, os deputados Arthur Lira, Rodrigo Maia, Kim Kataguiri e Joice Hasselmann foram alvo, assim como os senadores Alessandro Vieira, Omar Aziz, Renan Calheiros e Randolfe Rodrigues. Já no Poder Executivo, o ex-governador de São Paulo, João Dória, servidores do Ibama e auditores da Receita também foram monitorados.

Além disso, os jornalistas Mônica Bergamo, Vera Magalhães, Luiza Alves Bandeira e Pedro Cesar Batista também faziam parte da lista de monitoramento da Abin. A ação foi realizada por integrantes do chamado gabinete do ódio e auxiliares do ex-chefe da Agência, Alexandre Ramagem.

Diante das revelações, o ex-presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, se manifestou, classificando a espionagem como um comportamento típico de um governo totalitário e criminoso. Maia afirmou que tomará todas as medidas legais cabíveis contra os responsáveis, tanto na esfera cível quanto criminal.

A descoberta desse esquema de monitoramento ilegal causou grande repercussão no país, levantando questionamentos sobre o uso indevido do aparato estatal para espionagem e violação da privacidade de autoridades e jornalistas. A Polícia Federal deve continuar as investigações para apurar as responsabilidades e punir os envolvidos nesse caso de grave violação dos direitos e da democracia no Brasil.

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