Barbosa informou que já foi feito um primeiro aporte de US$ 2 bilhões no final de 2023, por meio da emissão de títulos sustentáveis no exterior pelo Tesouro. Com uma dotação atual de R$ 10,4 bilhões, o Fundo Clima está prestes a receber um reforço adicional, podendo chegar a mais de R$ 20 bilhões ainda este ano, caso a totalidade ou parte dos recursos de uma nova emissão sejam transferidos para o fundo.
No entanto, o diretor ressaltou que a decisão final ainda está sendo avaliada pelo Tesouro, e depende do planejamento da dívida. Ele destacou que o ministro Haddad sinalizou que mais recursos serão disponibilizados à medida que os projetos se tornarem viáveis, permitindo o acesso aos recursos não apenas pelo setor privado, mas também por governos e prefeituras.
Durante a entrevista coletiva, Barbosa também falou sobre os mecanismos de desembolso do Fundo Clima, que faz parte da Política Nacional sobre Mudança do Clima e oferece financiamentos a taxas reduzidas para projetos sustentáveis. Segundo ele, o desembolso do fundo tem aumentado significativamente nos últimos anos e a previsão é que alcance R$ 14,6 bilhões em 2026.
Ao ser questionado sobre o impacto fiscal das operações para aumentar os recursos do Fundo Clima, Barbosa garantiu que essas ações não comprometem o resultado primário do governo, pois não afetam a dívida líquida. Ele explicou que a opção por utilizar o fundo para essas operações foi feita em conjunto com a Fazenda, visando não prejudicar o esforço fiscal do governo em melhorar o resultado primário.