Tarcísio Motta, que era vereador no Rio na época dos crimes, afirmou que o assassinato de Marielle e Anderson tinha como objetivo amedrontar quem desafiasse os interesses das milícias no Rio de Janeiro. Ele relembrou que a CPI das Milícias, encerrada em 2008, teve início após a morte de dois jornalistas queimados, demonstrando a gravidade da ação desses grupos criminosos.
O deputado Chiquinho Brazão encontra-se preso preventivamente desde março deste ano, junto com seu irmão Domingos Brazão, aguardando desdobramentos das investigações. Durante o depoimento, uma das testemunhas listadas pela defesa de Brazão, Marcos Rodrigues Martins, negou que o deputado tenha feito alterações em projetos relacionados a questões fundiárias sozinho, destacando que as mudanças foram feitas em conjunto por diversas comissões.
A ausência de testemunhas de defesa também foi destaque durante a audiência no Conselho de Ética, com o advogado de Brazão pedindo a suspensão do processo disciplinar até que essas testemunhas sejam ouvidas. O presidente do Conselho de Ética anunciou que Chiquinho Brazão será ouvido na próxima semana, juntamente com outras testemunhas definidas pela defesa.
O desenrolar desse caso envolvendo figuras políticas de destaque no Rio de Janeiro demonstra a complexidade e a sensibilidade do tema, levantando questionamentos sobre a relação entre poder político e crime organizado. O desfecho das investigações e as decisões do Conselho de Ética terão impactos não apenas na esfera política, mas também na busca por justiça e combate à impunidade em casos de violência e corrupção. A sociedade acompanha atentamente o desenrolar dessas investigações em busca de respostas e de um desfecho condizente com a gravidade dos crimes cometidos.