Os glaciares no Campo de Gelo de Juneau são fundamentais para a região e sua aceleração no derretimento tem preocupado os cientistas. O aquecimento global é apontado como um dos principais responsáveis por esse fenômeno, que contribui para o aumento do nível do mar e ameaça cidades costeiras em todo o mundo.
O estudo publicado na revista Nature Communications revelou que o volume do campo de gelo diminuiu duas vezes mais rapidamente entre 2010 e 2020, em comparação com o período de 1979 a 2010. Desde 1770, o Campo de Gelo de Juneau perdeu quase um quarto de seu volume de gelo, o que evidencia a gravidade do problema.
Bethan Davies, professora sênior da Universidade de Newcastle e líder do estudo, alerta para os impactos do derretimento acelerado das geleiras no planalto de Juneau. Ela destaca que os processos de retroalimentação desencadeados por esse fenômeno podem impedir o crescimento futuro dos glaciares.
As projeções atuais indicam que a perda de volume do Campo de Gelo de Juneau se manterá consistente até 2040, acelerando a partir de 2070. Os pesquisadores acreditam que é preciso atualizar essas projeções para refletir os resultados de seu estudo, que apontam para um possível declínio permanente do campo de gelo.
O derretimento das geleiras no Alasca, impulsionado pelo aquecimento global e pela emissão de gases de efeito estufa, reforça a urgência de ações para mitigar as mudanças climáticas. O Campo de Gelo de Juneau, um dos maiores da América do Norte, representa um alerta para outros locais vulneráveis no Ártico, como Canadá, Groenlândia e Noruega.
Diante desse cenário preocupante, é essencial que a sociedade e os governos atuem de forma efetiva para reduzir as emissões de gases poluentes e proteger o meio ambiente. O futuro das geleiras e dos ecossistemas árticos depende de ações concretas e urgentes para frear o avanço do aquecimento global.