A venda do gás boliviano no Brasil é atualmente intermediada pela Petrobras, mas a demanda pela compra direta vem sendo discutida desde a década de 90. A expectativa é que, com essa mudança, o preço do gás possa ser reduzido, chegando a uma diminuição de cerca de 40% no custo de importação.
A reunião desta terça-feira contou com a presença de representantes da Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB), responsável pela comercialização de gás e petróleo na Bolívia, e de diversos setores da indústria brasileira, como Abrace, Abividro, Abiquim, Abceram e Fiesp. O ministro boliviano dos Hidrocarbonetos e Energia, Franklin Molina Ortiz, também esteve presente no encontro.
Por outro lado, o MME também realizou uma reunião com representantes dos Países Baixos para discutir possíveis colaborações no uso de combustível sustentável de aviação e na área de hidrogênio com baixa emissão de carbono. O Brasil tem um projeto de lei em tramitação no Senado Federal, o PL 528/2020, que trata da produção de combustível sustentável de aviação (SAF) e que prevê a criação do Programa Nacional do Bioquerosene de Aviação (ProBioQAV).
Embora não tenha sido anunciada uma decisão definitiva sobre a compra direta do gás boliviano, o MME destacou os avanços nas discussões e o interesse em futuras colaborações com os Países Baixos no desenvolvimento de tecnologias sustentáveis para a aviação. A reunião de cúpula do Mercosul, realizada em Assunção, formalizou a entrada da Bolívia no bloco e pode representar novas oportunidades de negócios e cooperação energética na região.