A principal mudança permitiu a transformação de áreas residenciais em uma Zona Eixo de Estruturação da Transformação Metropolitana (ZEM), onde será possível a construção de grandes prédios para melhor aproveitamento da infraestrutura urbana. Com isso, a altura máxima das construções foi aumentada de 10m para 28m, e o uso exclusivamente residencial deixou de ser obrigatório.
Essas alterações beneficiam a venda de terrenos para incorporadores imobiliários, permitindo a multiplicação do tamanho do terreno por uma área construída maior. No entanto, essa mudança também gera conflitos com moradores que defendem a preservação do caráter unifamiliar dos imóveis, conforme contratos de loteamento estabelecidos anteriormente.
A Sociedade Amigos da Cidade Jardim contesta a construção de um condomínio de casas nessa região, alegando descumprimento das restrições de uso unifamiliar estabelecidas nos contratos de loteamento. A discussão se intensificou com as recentes alterações na Lei de Zoneamento, que têm potencial para enfraquecer os argumentos dos moradores contrários aos empreendimentos imobiliários.
No entanto, a viabilidade da ZEM na Cidade Jardim ainda depende da criação de um plano de intervenção urbano específico para a região. A inclusão da área do Jockey na lista de parques do Plano Diretor também pode contribuir para a valorização da região, conforme apontado por especialistas em urbanismo.
Em meio a essas discussões, a promulgação e efetivação das mudanças na Lei de Zoneamento serão fundamentais para o futuro da região do Jockey Club e da Cidade Jardim. A relação entre a preservação do caráter residencial dos bairros e o desenvolvimento imobiliário é um dos pontos centrais desse debate, que promete continuar gerando polêmica e divisões entre os diferentes interesses envolvidos.