Apesar de não haver sinais imediatos dessa tendência, a valorização do dólar também torna os destinos internacionais menos atrativos, o que favorece o turismo regional. No entanto, passagens aéreas mais caras teriam impactos significativos, especialmente no turismo corporativo. Esse segmento engloba viagens para eventos de negócios, feiras e visitas a clientes, o que poderia ser impactado pela elevação dos custos de deslocamento.
A taxa de juros dos Estados Unidos, que continua em patamares elevados, tem causado uma desvalorização global das moedas, incluindo a brasileira. Diante disso, é crucial que o governo brasileiro adote políticas fiscais responsáveis para garantir o equilíbrio das contas públicas. Com a incerteza em relação aos gastos do governo e a manutenção da taxa de juros norte-americana, a tendência é que o dólar permaneça pressionado até o fim do ano.
No setor de turismo, o faturamento nacional vem registrando crescimento, com destaque para o segmento de transporte aéreo. Em abril, o setor faturou R$ 15,7 bilhões, um aumento de 4,7% em relação ao mesmo período do ano anterior. No entanto, a disparada do dólar pode encarecer novamente as passagens aéreas, aumentando os custos para os consumidores e empresários, que precisarão agir de forma estratégica nesse cenário.
É importante ressaltar que o turismo nacional tem apresentado um cenário positivo, com crescimento em diversos segmentos, como locação de meios de transporte, atividades culturais e alojamento. Estados como Amazonas e Espírito Santo registraram altas significativas, enquanto outros, como Tocantins e Mato Grosso do Sul, sofreram quedas. A recuperação econômica nesse setor é fundamental para impulsionar a atividade turística no país e garantir a sustentabilidade do setor a longo prazo.