Os números mostram que no mês passado foram aplicados R$ 348,1 bilhões na poupança, enquanto os saques totalizaram R$ 335,3 bilhões. Além disso, os rendimentos creditados nas contas somaram R$ 5,4 bilhões, contribuindo para um saldo total na poupança de R$ 1 trilhão.
É interessante destacar que em maio de 2024 também houve uma entrada líquida de recursos na poupança, com R$ 8,2 bilhões a mais de depósitos do que saques. Essa tendência positiva foi observada em março, com R$ 1,3 bilhão, enquanto nos primeiros meses do ano as saídas superaram as entradas.
Em um cenário de alta do endividamento da população, a caderneta de poupança registrou uma saída líquida de R$ 87,8 bilhões em 2023, resultado menos expressivo do que o observado em 2022. Neste ano, a fuga de recursos foi recorde, atingindo R$ 103,2 bilhões, em meio a um contexto de inflação elevada e endividamento crescente.
A política de juros implementada pelo Banco Central também influencia a movimentação na poupança. A manutenção da Selic em patamares elevados estimula a busca por investimentos com maior rentabilidade. Após um ciclo de aperto monetário, com aumento consecutivo da taxa de juros, o Comitê de Política Monetária decidiu interromper os cortes recentemente, devido à volatilidade do mercado cambial e incertezas na economia.
No contexto da pandemia de Covid-19, a poupança registrou uma captação líquida recorde em 2020, reflexo da instabilidade nos mercados e do pagamento do auxílio emergencial. No entanto, em 2021 e 2022, os saques superaram os depósitos, mostrando a busca por alternativas de investimento em um cenário de instabilidade econômica.