Segundo informações da PF, Roland é internacionalmente reconhecido como um grande traficante de drogas, especialmente na América do Sul e Central. De acordo com as autoridades, ele estaria envolvido no envio de grandes quantidades de cocaína, inclusive oriundas das Farc, para violentos cartéis mexicanos, como os de Sinaloa e Los Zetas.
A aquisição da mansão em Uberlândia chamou a atenção da polícia, pois foi realizada por meio de uma empresa apontada como “laranja”. A partir dessa descoberta, a PF passou a investigar outras transações suspeitas envolvendo a empresa, denominada Kaupan Exportação e Importação de Alimentícios. Durante as investigações, descobriu-se que a Kaupan recebeu aproximadamente R$ 1,6 milhão em depósitos em espécie entre maio de 2019 e janeiro de 2022.
Além disso, a polícia também identificou a existência de um contador que estava ligado a diversas empresas que se relacionavam entre si. No total, foram mapeados 48 CNPJs em nome de “laranjas” cuja movimentação de valores suspeitos atingiu a marca dos R$ 5,4 bilhões nos últimos cinco anos.
Outro ponto relevante nas investigações foi a descoberta de transações entre Roland, pessoas ligadas a ele e membros do Primeiro Comando da Capital (PCC). Documentos apontam que houve transações com criminosos associados à facção criminosa, gerando mais alertas sobre as atividades ilícitas do grupo.
Diante de todas essas evidências, a Polícia Federal ressalta a importância dessa operação e a dimensão do poder financeiro do grupo criminoso, que possui uma vasta lista de bens registrados em nome das empresas e indivíduos investigados. Com base nas informações obtidas, a PF reforça a gravidade desses delitos e a complexidade das conexões criminosas reveladas durante a investigação.