A operação, chamada de Terra Roxa, foi conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público, com apoio da Polícia Militar. Ao todo, foram cumpridos 26 mandados de busca e apreensão em endereços ligados a políticos e empresários do setor imobiliário, evidenciando a complexidade e abrangência das investigações.
O Gaeco solicitou a prisão preventiva dos vereadores afastados e do vice-prefeito, mas a Justiça não acatou aos pedidos. Contudo, a decisão judicial revelou a existência de uma “folha de pagamento paralela” destinada a funcionários públicos e vereadores, indicando a presença de possíveis esquemas ilícitos.
Após a operação, a Câmara Municipal confirmou o afastamento dos vereadores José Carlos Borgo, Luiz Henrique Chupeta e Mateus Turini, além de ter realizado buscas nos gabinetes de outros sete parlamentares. O prefeito Jorge Ivan Cassaro, por sua vez, agiu rapidamente ao demitir um servidor com cargo em comissão envolvido na operação.
A investigação do MP aponta para possíveis crimes como corrupção ativa e passiva, falsificação de documentos públicos e sonegação fiscal, visando facilitar negócios empresariais suspeitos conduzidos por integrantes de um grupo econômico. As diligências contaram com a participação de nove promotores de Justiça, 15 servidores do Ministério Público e aproximadamente 80 policiais militares, demonstrando a seriedade e o alcance da operação.
As investigações continuarão em curso para elucidar completamente os fatos, enquanto a população de Jaú aguarda por respostas e transparência no âmbito político e administrativo. Este é mais um capítulo que evidencia a importância do combate à corrupção e da atuação efetiva das instituições responsáveis pela defesa do interesse público.