Nunes expressou seu desejo de convencer todos os usuários de drogas a procurarem tratamento, visando salvar vidas. Ele ressaltou a importância de abordagens sinceras por parte dos agentes de saúde e assistência social, evitando coações e métodos duvidosos na persuasão dos usuários.
Desde o aumento da disponibilidade de leitos psiquiátricos na cidade, as internações involuntárias têm se tornado mais frequentes. No entanto, surgiram denúncias de agressões contra pacientes em unidades de saúde da região da cracolândia, o que levantou preocupações sobre a conduta dos profissionais envolvidos nesse processo.
Diferentemente das internações voluntárias, as internações involuntárias ocorrem quando o paciente não tem condições de decidir sobre seu tratamento, devido ao estado de intoxicação. Esse tipo de internação requer um pedido escrito de um familiar ou agente de saúde, e deve ser devidamente documentado para garantir os direitos do paciente.
Apesar do aumento no número de hospitalizações, o tempo de permanência dos pacientes nos estabelecimentos de saúde tem diminuído, o que tem gerado preocupação entre os profissionais da área. O governo estadual e a prefeitura têm adotado medidas mais rigorosas na região da cracolândia, como prisões de frequentadores com medidas cautelares vigentes e incentivos aos policiais militares que convencerem usuários a se internarem voluntariamente.
O debate sobre as políticas de internação e tratamento de dependentes químicos na cracolândia continua sendo um desafio para as autoridades e profissionais de saúde, que buscam encontrar um equilíbrio entre o cuidado com os pacientes e a garantia de seus direitos e dignidade.