Os mandados de busca e apreensão foram solicitados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e autorizados pelo Supremo Tribunal Federal (STF), conforme informações divulgadas pela GloboNews. De acordo com a investigação da PF, as fraudes nos registros de vacinação de Bolsonaro tiveram origem na cidade de Duque de Caxias.
Os dados fraudulentos sobre supostas doses da vacina Pfizer aplicadas no ex-presidente foram inseridos no sistema do SUS em dezembro de 2022 pelo então secretário de Governo da cidade, João Carlos de Sousa Brecha. Após seis dias, os registros foram removidos pela chefe da Central de Vacinas, Claudia Helena Acosta, alegando um “erro”. No entanto, os comprovantes de vacinação com informações falsas já haviam sido entregues às autoridades de imigração dos Estados Unidos.
Sousa Brecha foi preso durante a primeira fase da Operação Venire, e a segunda fase teve como alvos Washington Reis e a secretária de Saúde do município. Washington Reis, atual secretário estadual de Transportes e ex-prefeito de Duque de Caxias, é uma figura política conhecida na região. Ele foi vereador, vice-prefeito, deputado estadual por três mandatos consecutivos e deputado federal.
Na eleição de 2022, Washington Reis era cogitado para ser vice-governador na chapa do governador Cláudio Castro, mas sua indicação foi impugnada pelo Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro. Em seu lugar, assumiu como vice na chapa o ex-secretário estadual Thiago Pampolha. A investigação continua em andamento para apurar as responsabilidades e as possíveis consequências desse escândalo de falsificação de vacinação.