Além das vítimas civis, também faleceu durante a operação o inspetor da Polícia Civil, André Leonardo de Mello Frias, que estava desembarcando de um veículo blindado da Delegacia de Combate às Drogas (Dcod), unidade onde prestava serviço. O Ministério Público Federal atendeu a uma solicitação da Rede de Atenção a Pessoas Afetadas pela Violência de Estado (Raave) ao enviar o pedido de preservação das ossadas aos administradores dos cemitérios.
A Procuradoria da República no Rio de Janeiro destacou em seu comunicado a existência de “supostas irregularidades ocorridas na condução de diversas investigações conduzidas pela Polícia Civil, que envolvem mortes potencialmente ilícitas causadas por agentes do Estado, incluindo os inquéritos policiais relacionados às vítimas fatais da chamada Operação Exceptis”.
O MPF informou que avalia a possibilidade de encaminhar os fatos ao Procurador-Geral da República, propondo a instauração de um Incidente de Deslocamento de Competência, mecanismo que visa federalizar graves violações aos direitos humanos que possam resultar em responsabilização internacional do Brasil.
A exumação dos corpos das vítimas da chacina será realizada em data e horário previamente marcados, na presença de autoridade policial e do administrador do cemitério. Este último será responsável por indicar a sepultura, abrir o túmulo, providenciar o transporte do corpo para a sala de necrópsias e realizar o novo sepultamento logo após o término das diligências propostas.