Segundo Arns, centenas de milhares de imigrantes alemães chegaram ao Brasil ao longo dos últimos dois séculos, gerando milhões de descendentes. Diversos desses descendentes se destacaram em áreas como artes, ciências, política, esportes, economia e negócios. A chegada desses primeiros imigrantes marcou a fundação da colônia de São Leopoldo em 1824, no Rio Grande do Sul, onde trouxeram técnicas avançadas de cultivo, impulsionando a produção agrícola no país.
A senadora Ivete da Silveira (MDB-SC) ressaltou que os imigrantes alemães não vieram ao Brasil com intenção de explorar as riquezas do país, mas sim com o objetivo de se estabelecerem e construírem uma nova vida no Brasil. Eles promoveram uma revolução na agricultura brasileira, com um sistema caracterizado pela predominância de pequenas propriedades e produções diversificadas, semelhante à cultura camponesa da Europa Central.
Além disso, foram fundadas novas colônias, como Rio Negro e Nova Petrópolis, no Rio Grande do Sul, e Blumenau, Joinville e Brusque em Santa Catarina. A embaixadora da Alemanha, Bettina Cadenbach, destacou a presença de mais de mil empresas alemãs no Brasil, reforçando a parceria estratégica entre os dois países.
A imigração alemã teve um papel fundamental na formação de uma sociedade diversa e próspera no Brasil, promovendo a miscigenação biológica e cultural e contribuindo para o enriquecimento da identidade nacional. A influência alemã ainda é evidente em muitos aspectos da vida brasileira, demonstrando como a integração de diferentes culturas pode enriquecer e fortalecer uma sociedade.