Beryl se formou no sudeste das Antilhas e rapidamente ganhou força, passando de uma tempestade tropical para um furacão de categoria 1 em apenas um dia. Esse surgimento precoce e inesperado tão a leste do Atlântico é atribuído ao aumento das temperaturas do oceano, que estão atualmente 1°C a 3°C acima do normal. Os cientistas destacam que eventos extremos como o furacão Beryl são cada vez mais prováveis devido às emissões de gases de efeito estufa resultantes das atividades humanas.
A climatologista Andra Garner, da Universidade Rowan, ressalta que Beryl é um exemplo do que pode ser esperado em um mundo mais quente, onde furacões têm maior probabilidade de se intensificar rapidamente. A temporada de furacões no Atlântico Norte vai de junho a novembro, mas é incomum ver um furacão de categoria 5 tão cedo no ano.
Brian McNoldy, pesquisador de furacões da Universidade de Miami, destaca a aceleração do processo de intensificação do furacão Beryl, que alcançou a categoria 4 em apenas um dia. Ele ressalta que, embora surpreendente, esse fenômeno está alinhado com as expectativas dos cientistas em um cenário de mudanças climáticas.
Ao analisar o impacto do aquecimento global nas condições atmosféricas e oceânicas, os especialistas concordam que eventos extremos como o furacão Beryl são cada vez mais comuns e intensos. O aumento das temperaturas da superfície do mar é um dos principais fatores que contribuem para a formação e intensificação de furacões, tornando-os mais perigosos e destrutivos.
Portanto, o furacão Beryl não é apenas um acontecimento isolado, mas sim um exemplo evidente dos desafios enfrentados devido às mudanças climáticas e da necessidade de ações urgentes para mitigar seus impactos no futuro.