Réus do caso Marielle indicam 67 testemunhas, incluindo políticos influentes, para ação penal no STF.

No decorrer do processo que investiga o assassinato da vereadora Marielle Franco, os réus acusados indicaram um total de 67 testemunhas para serem ouvidas no Supremo Tribunal Federal. A lista de testemunhas inclui figuras políticas como o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, e o ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha.

As solicitações das testemunhas foram feitas pelos irmãos Domingos e Chiquinho Brazão, acusados de serem os mandantes do crime, e pelo delegado Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio, acusado de auxiliar no planejamento do assassinato.

Domingos Brazão indicou 30 testemunhas, Chiquinho 29 e Rivaldo 17, sendo algumas delas duplicadas. Domingos, conselheiro do TCE do Rio de Janeiro, citou Eduardo Cunha e o deputado federal Washington Quaquá em sua lista, enquanto Chiquinho, que é deputado federal pelo Rio, mencionou Eduardo Paes, Reimont e Otoni de Paula.

O ministro Alexandre de Moraes será responsável por definir quais testemunhas serão ouvidas no caso. Em decisão recente, Moraes manteve a prisão preventiva dos Brazão e de Rivaldo, além de negar um pedido de Domingos para ser transferido a uma prisão especial. No último dia 18, a Primeira Turma do Supremo decidiu tornar os réus, incluindo os policiais militares Robson Claixto e Ronald Pereira, acusados de participação no crime.

Os réus são acusados não apenas pelo homicídio de Marielle e seu motorista Anderson Gomes, mas também pela tentativa de assassinato da assessora que sobreviveu. Eles também respondem pela constituição de organização criminosa para a grilagem de terras com o apoio de milícias.

A delação premiada de Ronnie Lessa, executor confesso do crime, é a base da acusação feita pela PGR. De acordo com a Procuradoria, os irmãos Brazão teriam decidido matar a vereadora para proteger os interesses da família em práticas de grilagem de terras, em meio a conflitos com integrantes do PSOL.

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