Cerca de 50 agentes federais participaram da operação, cumprindo oito mandados de busca e apreensão em endereços localizados nos municípios de Cachoeiras de Macacu e Rio de Janeiro. Os alvos na capital fluminense foram os bairros da Taquara e Barra da Tijuca. As medidas foram expedidas pela 2ª Vara Federal de Niterói, após denúncia do ex-presidente de uma organização social que mantinha contrato com a prefeitura de Cachoeiras de Macacu.
De acordo com as investigações, o contrato firmado em 2018 entre a Prefeitura e a organização social deveria durar até março de 2022, porém, em fevereiro de 2021, foram detectadas diversas irregularidades. Uma auditoria realizada pelo Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro revelou fraudes no credenciamento da instituição, falta de prestação de contas, pagamentos indevidos e falhas na fiscalização do contrato por parte de servidores municipais não qualificados.
O grupo criminoso, composto por empresários e agentes públicos, é suspeito de peculato, formação de organização criminosa, fraude à licitação e lavagem de dinheiro. A prefeitura de Cachoeiras de Macacu informou que rescindiu o contrato com a organização social antes do prazo final, em virtude das irregularidades constatadas.
O nome da operação, Rapha, é uma referência à expressão hebraica “Jeová Rapha”, que significa “o Deus que cura”. As investigações continuam em andamento para apurar a extensão do esquema criminoso e responsabilizar os envolvidos pelos desvios milionários.