A capital do estado, Porto Alegre, também não escapou dos danos, com pelo menos 27% dos estabelecimentos e 38% dos postos de trabalho diretamente impactados pelas enchentes. O estudo realizado pelo Ipea analisou o impacto nas empresas e empregos formais nos 418 municípios gaúchos que decretaram estado de calamidade ou de emergência.
No total, mais de 23 mil estabelecimentos privados e 334 mil postos de trabalho foram diretamente afetados pelas inundações, representando aproximadamente 9,5% e 13,7% do total, respectivamente. Os dados do Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas (eSocial) utilizados na pesquisa mostram que, em abril de 2024, os 418 municípios afetados possuíam 243,7 mil estabelecimentos privados e 2,45 milhões de empregos formais.
Os autores do estudo ressaltam que o impacto desses eventos climáticos extremos vai além do que foi reportado, uma vez que até mesmo estabelecimentos indiretamente atingidos podem ter sofrido consequências devido à interrupção de fornecedores, consumidores ou infraestrutura de escoamento. A dimensão da tragédia que assolou o Rio Grande do Sul é evidenciada pelas cifras apresentadas, que revelam a extensão do impacto nas atividades econômicas e nos empregos formais dos municípios mais afetados pelas inundações.