Nascida em um bairro rural de Jundiaí, interior de São Paulo, Dulce era filha de um comerciante e desde cedo valorizou a importância da educação. Sua dedicação aos estudos a levou ao convento, onde ficou por muitos anos antes de decidir seguir outro caminho. Após deixar o hábito, Dulce se tornou professora de estudos sociais e geografia, atuando por 35 anos em um colégio católico local.
Além de sua dedicação à educação, Dulce também tinha um espírito aventureiro. Amante de viagens, ela visitou diversos países da Europa e trouxe lembranças de suas jornadas para casa. Organizada, registrava suas viagens em catálogos, repletos de fotos e descrições. Apesar de sua vida reclusa no convento, ela se abriu para o mundo e desfrutou de momentos marcantes ao lado de amigos e familiares.
Corintiana fanática, Dulce não perdia a oportunidade de assistir aos jogos de seu time do coração e era presença garantida nos almoços em família aos domingos. Sua casa, com um grande quintal e um quiosque, era ponto de encontro para parentes e amigos. Mesmo na velhice, ela nunca deixou de aprender, inclusive estudando informática após os 70 anos.
No entanto, em 20 de maio, Dulce Maria Peixoto faleceu aos 94 anos, deixando um legado de ensinamentos para seus alunos e um exemplo de independência e dedicação à educação. Sua vida foi marcada por duas fases distintas, mas ambas guiadas pelo apreço à aprendizagem e pela valorização da convivência com as pessoas ao seu redor.