Alertas de Desmatamento na Amazônia e Cerrado Alcançam Menor Patamar em Ano de Governo Lula: Tendência Promissora de Preservação Ambiental.

No primeiro semestre deste ano, os alertas de desmatamento na Amazônia atingiram o menor nível desde 2017, segundo dados do sistema Deter, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Em relação ao mesmo período de 2023, houve uma redução de 38%, com uma área de 1.639 km² destruída. No cerrado, bioma onde a destruição vinha crescendo durante o governo Lula (PT), o índice caiu pela primeira vez desde 2020, com uma redução de 15% em relação ao último ano.

Os números foram divulgados em evento realizado na sede do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, em Brasília, na noite de quarta-feira (3). A área total desmatada nos dois biomas neste ano é equivalente a mais de três vezes o tamanho da cidade de São Paulo.

Ao longo dos últimos 11 meses, entre agosto de 2023 e junho de 2024, houve uma redução de 51,1% no desmatamento da Amazônia. Já no cerrado, houve um aumento de 14,6% no mesmo período, mas os últimos três meses indicam uma inversão na curva de destruição, com a redução dos alertas de desmate em junho.

Essa diminuição consistente na Amazônia pode ser considerada uma das maiores conquistas ambientais do governo Lula até o momento. No entanto, replicar o sucesso desse bioma para o cerrado é um desafio, uma vez que apenas cerca de 12% do cerrado está protegido em áreas de conservação, enquanto 67% pertencem a propriedades privadas.

Além disso, as legislações que regulam o desmatamento nos dois biomas são distintas, o que exige uma atuação coordenada dos governos estaduais para combater a destruição no cerrado. O governo federal tem buscado articular ações com os estados do cerrado nesse sentido.

Enquanto os esforços para conter o desmatamento avançam, o governo enfrenta a greve dos servidores ambientais, que reivindicam melhores condições de trabalho e aumento de remuneração. A Advocacia Geral da União (AGU) considera a greve ilegal e abusiva, e entrou com uma ação no Superior Tribunal de Justiça (STJ) para suspender a mobilização. As negociações entre os servidores e o governo ainda não chegaram a uma conclusão satisfatória, o que tem gerado insatisfação entre os trabalhadores.

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