Mesmo com a evolução positiva do cenário epidemiológico, Minas Gerais permanece em primeiro lugar no ranking nacional em números absolutos, com um total de 1.655.210 casos prováveis da doença somente neste ano. Além disso, o estado apresenta o segundo maior coeficiente de incidência do país, com 8.059 casos para cada 100 mil habitantes, ficando atrás apenas do Distrito Federal.
Segundo dados do Painel de Monitoramento de Arboviroses, Minas Gerais já confirmou 753 mortes por dengue em 2024, com mais 735 óbitos em investigação. A letalidade entre os casos graves atinge 5,82%, sendo as mulheres (55,8%) e a faixa etária de 20 a 29 anos as mais afetadas pela doença.
A explosão de casos de dengue em janeiro levou o estado a decretar emergência em saúde pública logo no início do ano, o que facilitou o acesso a recursos federais e agilizou as ações de combate à doença. O decreto estadual também previa a criação do Centro de Operações de Emergências de Arboviroses (COE Minas Arboviroses), com o objetivo de coordenar a resposta no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) e subsidiar a tomada de decisões dos gestores.
Até o início de junho, Minas Gerais contabilizava 267 decretos municipais de situação de emergência em saúde pública devido às arboviroses, que incluem além da dengue, zika, chikungunya e febre amarela, todas transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti. O estado enfrentou uma situação desafiadora e ações coordenadas foram fundamentais para conter a disseminação das doenças transmitidas pelo vetor.