A decisão inicial de deflagrar a greve veio após várias reuniões entre os sindicatos dos motoristas, o sindicato patronal e órgãos públicos. Mesmo com tentativas de conciliação no Tribunal de Contas do Município e no Tribunal Regional do Trabalho, não houve acordo.
Durante a audiência de conciliação no TRT, o sindicato patronal ofereceu um reajuste salarial de 3,6%, porém os motoristas pediam 3,69% de reajuste pelo IPCA, 5% de aumento real e reposição das perdas salariais durante a pandemia, entre outras reivindicações.
Mesmo com a decisão de suspender a greve, a Justiça determinou que 100% da frota de ônibus esteja disponível nos horários de pico, das 6h às 9h e das 16h às 18h. Nos demais horários, pelo menos metade da frota deve estar em circulação.
A base do Sindmotoristas possui cerca de 60 mil trabalhadores, atendendo a aproximadamente 7 milhões de passageiros. Com 13,3 mil veículos em circulação na cidade, a greve no transporte público levou a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) a suspender o rodízio de veículos nesta quarta-feira.
Enquanto as linhas de metrô e trens metropolitanos operarão normalmente, equipes estarão atentas ao aumento de demanda para garantir o transporte dos passageiros. A suspensão da greve trouxe alívio para os usuários, mas a negociação entre os sindicatos continua em andamento para atender às demandas dos trabalhadores.