Greve de ônibus em São Paulo é suspensa “aos 45 minutos do segundo tempo” após intervenção do presidente da Câmara

Em uma reviravolta de última hora, a greve dos motoristas de ônibus em São Paulo, que estava prevista para começar à meia-noite desta quarta-feira, foi suspensa na noite anterior. A suspensão ocorreu após intervenção do presidente da Câmara Municipal, vereador Milton Leite, que se reuniu com representantes do Sindmotoristas e SPUrbanuss para buscar um acordo.

A decisão inicial de deflagrar a greve veio após várias reuniões entre os sindicatos dos motoristas, o sindicato patronal e órgãos públicos. Mesmo com tentativas de conciliação no Tribunal de Contas do Município e no Tribunal Regional do Trabalho, não houve acordo.

Durante a audiência de conciliação no TRT, o sindicato patronal ofereceu um reajuste salarial de 3,6%, porém os motoristas pediam 3,69% de reajuste pelo IPCA, 5% de aumento real e reposição das perdas salariais durante a pandemia, entre outras reivindicações.

Mesmo com a decisão de suspender a greve, a Justiça determinou que 100% da frota de ônibus esteja disponível nos horários de pico, das 6h às 9h e das 16h às 18h. Nos demais horários, pelo menos metade da frota deve estar em circulação.

A base do Sindmotoristas possui cerca de 60 mil trabalhadores, atendendo a aproximadamente 7 milhões de passageiros. Com 13,3 mil veículos em circulação na cidade, a greve no transporte público levou a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) a suspender o rodízio de veículos nesta quarta-feira.

Enquanto as linhas de metrô e trens metropolitanos operarão normalmente, equipes estarão atentas ao aumento de demanda para garantir o transporte dos passageiros. A suspensão da greve trouxe alívio para os usuários, mas a negociação entre os sindicatos continua em andamento para atender às demandas dos trabalhadores.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo