Apesar da decisão do sindicato, o Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região determinou que durante os horários de pico, das 6h às 9h e das 16h às 19h, 100% da frota de ônibus deve circular. A imposição do TRT gerou questionamentos por parte da imprensa, incluindo a CNN, que aguarda um retorno do sindicato em relação a essa medida.
Caso a determinação do TRT não seja acatada, uma multa diária de R$ 100 mil será aplicada tanto ao sindicato dos motoristas e cobradores como ao sindicato das empresas de transporte coletivo, o SPUrbanuss. A liminar que estabeleceu essas condições foi concedida pelo desembargador Davi Furtado Meirelles, que definiu também que nos demais horários, no mínimo 50% da frota deve estar em operação caso a greve seja de fato deflagrada a partir de 00h desta quarta-feira.
As demandas dos motoristas e cobradores incluem um reajuste de 3,69% pela inflação (IPCA) e um ganho extra de 5%. O sindicato está aberto a uma nova negociação caso receba uma contraproposta favorável por parte do sindicato patronal. Enquanto isso, a Justiça informou que o Município de São Paulo e a SPTrans têm negociado com os trabalhadores questões como reajuste salarial, jornada de trabalho, benefícios, entre outros.
Por outro lado, o Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de São Paulo apresentou uma proposta de reajuste salarial de 3,60%, que foi recusada pelos funcionários. A associação afirma que esse índice está acima do INPC do período, além de possíveis variações salariais definidas por índices econômicos relevantes.