Apesar desse marco, a Abrapa ressalta que a manutenção dessa liderança no ciclo seguinte, 2024/25, não está garantida. No entanto, tanto o Brasil quanto os Estados Unidos devem permanecer próximos no topo do ranking mundial de exportação de algodão nos próximos anos, alternando-se na liderança. O presidente da Abrapa, Alexandre Schenkel, enfatiza que a liderança do Brasil na exportação de algodão é fruto de um trabalho contínuo de aprimoramento dos processos no setor, visando a qualidade, rastreabilidade e sustentabilidade da produção.
É importante destacar que, há algumas décadas, o Brasil ocupava o segundo lugar como maior importador mundial de algodão. O aumento da produção de algodão no país representa também desafios para a indústria têxtil nacional. O consumo de pluma no Brasil tem se mantido em torno de 700 a 750 mil toneladas nos últimos anos, porém a produção de fios e tecidos no país precisa ser ampliada para atender essa demanda.
O presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), Fernando Pimentel, ressalta a importância de estimular o consumo interno e buscar estratégias para enfrentar a competição desleal de países com custos mais baixos. Pimentel destaca a necessidade de focar na sustentabilidade, respeito ao meio ambiente e certificação, como maneiras de fortalecer a indústria têxtil nacional e enfrentar os desafios do mercado global.