Ataques especulativos ao Real: Presidente do PT acusa Presidente do BC de inação e criação do problema. Mercado cambial em xeque.

A presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffmann, fez duras críticas ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, nesta terça-feira (2/7), acusando-o de ser responsável por um suposto ataque especulativo ao real. Segundo a dirigente partidária, o BC não está atuando de forma efetiva para conter a desvalorização da moeda brasileira em relação ao dólar.

Em uma publicação em sua conta no antigo Twitter, Gleisi afirmou: “Mais um dia de ataque especulativo ao Real e o BC segue de braços cruzados, sem fazer as operações de compra e swap necessárias nesse momento. Irresponsáveis! Aliás, o bolsonarista Campos Neto deve estar é aplaudindo o ataque que ele mesmo desencadeou, falando o que não podia sobre questões fiscais”.

A líder petista também criticou a imprensa por atribuir a alta do dólar a declarações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Lula, por sua vez, também denunciou um suposto ataque especulativo contra o Real e anunciou uma reunião em Brasília para discutir o assunto.

Enquanto isso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o governo não tem planos para intervir no mercado cambial, mas que pretende melhorar a comunicação sobre a autonomia do Banco Central e a rigidez fiscal.

A desvalorização do real em relação ao dólar vem em um momento de turbulência no cenário econômico internacional, com expectativas de juros altos nos Estados Unidos e incertezas políticas na corrida eleitoral americana. Além disso, há um clima de desconfiança no mercado financeiro em relação ao governo Lula, com dúvidas sobre a capacidade de cumprir o novo arcabouço fiscal e a resistência em adotar medidas de austeridade fiscal.

Com o dólar atingindo valores recordes em relação ao real, a pressão sobre o Banco Central e o governo brasileiro aumenta, enquanto investidores e analistas aguardam por respostas concretas para conter a volatilidade nos mercados. A situação econômica do país permanece delicada, com desafios complexos pela frente.

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