Além de uma minirrevisão da Lei de Zoneamento, que já havia passado por alterações seis meses atrás, a Câmara Municipal fará modificações para destravar planos urbanos em regiões estratégicas da cidade, como os entornos das avenidas Luís Carlos Berrini e Faria Lima, além de uma extensa área que abrange o trecho mais ao sul do rio Pinheiros.
O debate também abordará a criação de novos parques, como o Parque do Rio Bixiga e o Parque do Clube Banespa, mostrando a importância das decisões que estão em jogo, pois envolvem as principais regras para a ocupação do solo na capital paulista.
O Plano Diretor de São Paulo, em vigor desde 2014 e revisado em 2023, estabelece diretrizes para o crescimento da cidade, permitindo, por exemplo, a construção de prédios mais altos em áreas próximas a estações de transporte público. Já a Lei de Zoneamento define o que pode ser construído em cada quadra da cidade, mas existem áreas que possuem regras específicas, como as operações urbanas.
Os principais objetivos das mudanças em votação visam estimular o mercado imobiliário, corrigir erros de redação que atrapalham o desenvolvimento em áreas pré-determinadas e facilitar a aprovação de projetos. Um dos pontos em destaque é a possibilidade de construir edifícios com garagens em áreas suscetíveis a afundamento, desde que sejam apresentadas soluções técnicas viáveis.
A discussão do pacote urbanístico no último dia antes do recesso parlamentar gerou críticas da oposição, que alega concessões ao mercado imobiliário em um momento político delicado. No entanto, as intervenções urbanas propostas pela gestão Nunes são vistas como adequações necessárias para a requalificação de áreas degradadas, especialmente na região central da cidade.
Com todas essas mudanças em andamento, São Paulo se prepara para uma reconfiguração em seu cenário urbano e imobiliário, que promete trazer impactos significativos para o desenvolvimento e a expansão da metrópole.