Marina também declarou que 85% dos incêndios na região estão ocorrendo em propriedades privadas, o que evidencia a ação humana como principal causa das queimadas. Ela ressaltou que não se trata de descargas de raios, mas de atividades criminosas.
Os dados alarmantes revelam que 327 mil hectares do Pantanal foram devastados pelo fogo somente até o mês de junho, o que equivale a duas vezes a área da cidade de São Paulo. Esse número representa um aumento de 54% em relação ao mesmo período do ano anterior, considerado o pior em termos de incêndios no bioma.
Com 2.019 focos de incêndio registrados até meados de junho, a situação no Pantanal é considerada crítica pelos especialistas. A seca severa, aliada ao fenômeno climático El Niño, tem contribuído para o agravamento das queimadas, que historicamente atingem o pico em setembro.
Diante desse cenário desolador, a ONG SOS Pantanal enviou uma nota técnica exigindo ação conjunta e eficiente dos governos de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, ICMBio e Ibama. A falta de articulação e medidas preventivas tem sido apontada como um dos principais fatores para o aumento dos incêndios na região.
As declarações da ministra Marina Silva e os dados alarmantes sobre a devastação no Pantanal reforçam a urgência de medidas concretas para combater os incêndios e proteger esse importante ecossistema brasileiro. A população e as autoridades devem unir esforços para enfrentar essa grave crise ambiental.