Corregedor arquiva nove processos contra juízes da Lava Jato por falta de indícios de conduta imprópria

O corregedor nacional de Justiça, ministro Luis Felipe Salomão, tomou a decisão de arquivar nove processos que envolviam os juízes Gabriela Hardt e Eduardo Fernando Appio, ambos conhecidos por seu trabalho na Operação Lava Jato. As acusações contra os magistrados envolviam a prática de atos abusivos e parciais durante a condução do caso.

Em um dos processos, Eduardo Fernando Appio foi alvo de suspeitas de violação de sigilo em uma decisão. No entanto, após analisar os casos, o corregedor concluiu que não havia evidências suficientes para comprovar a má conduta dos juízes.

Uma das reclamações contra Appio alegava que ele teria agido de forma política ao criticar a atuação de magistrados que o antecederam na Lava Jato. Salomão argumentou que as manifestações do juiz foram feitas no contexto de sua liberdade de cátedra, respaldadas pela Constituição, e não caracterizam uma infração funcional.

Em relação à juíza Gabriela Hardt, o corregedor avaliou que as acusações apresentadas demonstravam apenas o descontentamento das partes com suas decisões, sem indícios de conduta inadequada. No entanto, Hardt ainda está sob investigação em um processo administrativo disciplinar por sua suposta participação na destinação de recursos públicos para a criação de uma fundação por membros do Ministério Público Federal.

Além disso, existem outras reclamações disciplinares em andamento contra a juíza no Conselho Nacional de Justiça. O arquivamento dos processos pelos quais Hardt e Appio estavam sendo investigados representa uma etapa importante no desfecho desses casos, possibilitando que os magistrados continuem exercendo suas funções sem restrições.

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