Para Le Pen, os franceses demonstraram de forma clara a vontade de mudança após sete anos de governo considerado desdenhoso e corrosivo. Ela convocou os eleitores a renovarem sua escolha no segundo turno, que ocorrerá em 7 de julho, e destacou a importância de uma participação maciça para levar seu aliado, Jordan Bardella, ao cargo de primeiro-ministro.
A possibilidade de um cenário de compartilhamento de poder entre Bardella e Macron foi levantada, já que Macron reiterou que não renunciará antes do fim de seu mandato, em 2027. Enquanto isso, as projeções indicam que a direita radical poderia superar a barreira dos 289 assentos necessários para obter uma maioria segura na Assembleia Nacional de 577 assentos.
Diante desse cenário, os rivais já começaram a trabalhar em acordos para concentrar votos contra o Reagrupamento Nacional no segundo turno. Tanto Macron quanto o primeiro-ministro, Gabriel Attal, exortaram os eleitores a se unirem e destacaram a importância de não permitir que nenhum voto vá para a extrema direita.
Enquanto aguardamos o desfecho das eleições legislativas francesas, fica evidente que o país passa por um momento de decisão crucial em sua trajetória política. A liderança de Marine Le Pen e as declarações de Emmanuel Macron sinalizam um cenário de polarização e disputa acirrada. Resta aguardar o desenrolar dos acontecimentos e a definição do futuro político da França após as eleições do segundo turno.