A aliança Juntos, liderada pelo presidente Emmanuel Macron, ficou com entre 20,5% e 23% dos votos, enquanto a Nova Frente Popular, uma coalizão de esquerda formada às pressas, foi projetada para obter cerca de 29% dos votos. As pesquisas demonstram que o RN poderia conquistar a maioria dos assentos na Assembleia Nacional.
Apesar do desempenho no primeiro turno, ainda há incertezas sobre a formação de um governo para “coabitar” com Macron, que é pró-União Europeia (UE). Com o segundo turno marcado para a próxima semana, as negociações políticas serão intensas nos próximos dias.
A alta participação dos eleitores nessa eleição em comparação com pleitos anteriores reflete a polarização política atual na França, impulsionada pelo desafio lançado por Macron em convocar as eleições parlamentares após a derrota de seu partido nas eleições europeias.
A decisão de convocar eleições antecipadas gerou incerteza política no país e impactos nos mercados financeiros. O RN, historicamente considerado um pária político, está mais próximo do poder do que nunca, com Marine Le Pen adotando uma estratégia de limpar a imagem de seu partido para atrair eleitores insatisfeitos.
A formação de alianças e a união de forças nos 577 distritos eleitorais serão cruciais para determinar o resultado final no segundo turno. A dinâmica da “frente republicana”, utilizada no passado para evitar a ascensão do RN, está mais incerta do que nunca, o que aumenta a tensão política no cenário francês.
A participação eleitoral significativamente alta e a atmosfera política carregada evidenciam a importância dessas eleições para o futuro da França e da União Europeia. O desfecho do segundo turno será determinante para o curso político do país e para a influência do RN e de seus oponentes no cenário nacional.