Em uma demonstração de união, sindicalistas defenderam de forma unânime a paralisação. Vale ressaltar que, no último dia 6, os motoristas haviam rejeitado uma possível paralisação, por conta de negociações em andamento entre empresas e funcionários.
Esta suspensão anterior foi intermediada pela Justiça do Trabalho e pelo presidente da Câmara Municipal, o vereador Milton Leite (União Brasil). O SindMotoristas deixou claro que, durante o período de negociações, permanecerá em estado de greve para realizar ações de mobilização junto à categoria.
A indicação de uma possível paralisação já estava no ar desde o dia 3, quando as negociações de reajustes salariais e benefícios trabalhistas estavam em um impasse. Os representantes dos trabalhadores e das empresas operadoras do serviço na capital discutem essas questões desde o ano passado.
Os funcionários reivindicam um reajuste de 3,69% pelo IPCA, mais 5% de aumento real e reposição das perdas salariais causadas pela pandemia, estimadas em 2,46% com base em dados do Dieese. Além disso, há outras demandas na pauta dos trabalhadores, como o aumento da jornada de trabalho de seis horas e meia para oito horas efetivamente trabalhadas por dia.
Diante desse cenário, a expectativa é de possíveis impactos no transporte público da cidade e incertezas quanto à resolução do impasse entre as partes envolvidas. A população terá que se preparar para possíveis transtornos e buscar alternativas de locomoção durante o período de paralisação dos motoristas de ônibus em São Paulo.