Gastos públicos em Lisboa: autoridades brasileiras participam de evento promovido por Gilmar Mendes e acumulam altas diárias.

O Fórum Jurídico de Lisboa, promovido pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes, atraiu a atenção de autoridades dos três Poderes do Brasil, que juntamente com outros assessores, embarcaram para a capital de Portugal para participar do evento. A presença de 160 autoridades no evento, apelidado de “Gilmarpalooza”, chamou a atenção, sendo a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, responsável pela maior comitiva, contando com quatro subordinados em sua equipe.

O Ministério da Igualdade Racial (MIR) teve todas as despesas relacionadas à viagem para Lisboa custeadas com o dinheiro público, totalizando R$ 42,1 mil em diárias. Entre os representantes do ministério de Anielle, destacam-se a Secretária de Políticas de Ações Afirmativas, Combate e Superação do Racismo e a chefe de Assessoria Internacional. Além disso, a programação do evento incluiu palestras na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, organizado pelo Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP) e em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Empresas com processos em tramitação no STF participaram como palestrantes no evento, causando questionamentos sobre possíveis conflitos de interesse. Levantamentos indicam que os Poderes Legislativo, Judiciário e Executivo já gastaram mais de R$ 1,34 milhão em diárias e passagens para os representantes presentes no Fórum Jurídico de Lisboa. O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação foi o segundo que mais enviou representantes para o evento, sendo o MCTI a pasta que mais gastou dinheiro público com as agendas na Europa.

Outros ministérios, como o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, o Ministério da Educação e a Advocacia-Geral da União, também estiveram representados no evento. Ministros de diversas áreas, como Controladoria-Geral da União e Minas e Energia, marcaram presença no evento, levantando questionamentos sobre a necessidade e os custos dessas participações internacionais.

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