O programa Acolher+ será responsável por implementar abrigos em diversas cidades e estados, com o intuito de expandir a rede de acolhimento às vítimas de homofobia em todo o país. Além disso, serão investidos recursos em centros da sociedade civil que já atendem a população LGBTQIA+, com a destinação de R$ 1,4 milhão para 12 desses centros.
A casa-modelo em Belém, que será nomeada em homenagem à ativista Darlah Farias, contará com funcionamento 24 horas e busca oferecer independência aos abrigados, com a expectativa de que a permanência seja temporária, por até seis meses. Emerson Pessoa, coordenador do Programa Acolher+, ressalta a importância das casas de acolhimento como uma política pública de direitos humanos, tendo em vista que muitos serviços de assistência social não atendem às necessidades específicas da comunidade LGBTIQA+.
A escolha de Belém para sediar esse projeto se deve à falta de centros de acolhimento na região, que apresenta uma média de 1,21 mortes de pessoas LGBTIQA+ por milhão de habitantes, segundo dados do Observatório de Mortes e Violências LGBTI+. A implementação desse abrigo público na cidade busca não só oferecer amparo àqueles que foram expulsos de casa devido à orientação sexual, mas também combater a violência e a discriminação enfrentadas por essa população.
A coordenadora da iniciativa, Jane Patrícia Gama, destaca a importância de contratar profissionais LGBTQIA+ para atuar no centro de acolhimento, a fim de facilitar a relação entre os abrigados e os colaboradores. A casa ainda passará por reformas e a equipe responsável adquirirá itens essenciais para o funcionamento do espaço, demonstrando todo o cuidado e preocupação com o bem-estar das pessoas acolhidas. A meta é expandir esse modelo de casa de acolhimento para outras regiões do país, de acordo com o interesse das prefeituras e governos estaduais.