O presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, defende a necessidade de redesenhar a estratégia de combate a incêndios, enchentes e outros eventos climáticos extremos. Ele ressalta a falta de uma frota de aeronaves especializadas para enfrentar incêndios, apesar do Brasil possuir a esquadrilha da fumaça.
Para lidar com a situação crítica no Pantanal, o governo disponibilizou aeronaves militares para ajudar nas operações de combate ao fogo. No entanto, a falta de aviões e helicópteros tem dificultado as ações e retardado os esforços para controlar os incêndios.
Agostinho destaca que o Ibama possui um plano elaborado após os incêndios de 2023, com um número recorde de brigadistas em ação. No entanto, ele ressalta que as estruturas existentes podem não ser suficientes para enfrentar a crise climática em curso.
Além dos incêndios, outros fatores contribuem para a seca no Pantanal, como o desmatamento da mata ciliar dos rios que abastecem a região e o avanço do agronegócio. A ausência de intervalo entre os fenômenos El Niño e La Niña também tem impactado o ecossistema da região.
Diante desse cenário preocupante, Agostinho ressalta a importância de ampliar as estratégias de combate a incêndios e outras crises ambientais. Ele destaca a necessidade de transformar esses planos em políticas públicas contínuas e estruturadas, para garantir a proteção do meio ambiente e a sustentabilidade a longo prazo. Porém, a incerteza sobre a duração da seca e a falta de recursos adequados para lidar com a crise representam desafios significativos para as autoridades ambientais no Brasil.