Segundo a investigação da 3ª Delegacia do Deic (Departamento de Investigações Criminais da Polícia Civil), as plataformas do “jogo do tigrinho” estão hospedadas fora do país e são consideradas clandestinas. Os criminosos utilizam perfis falsos e grupos nas redes sociais para atrair jogadores, além de contratar influenciadores digitais com um grande número de seguidores para promover o jogo, simulando uma vida de luxo e riqueza.
O delegado Eduardo Miraldi explicou que os golpistas atraem as vítimas para a plataforma, onde elas realizam um cadastro e começam a fazer apostas. Os influenciadores digitais fazem postagens falsas de supostos ganhos no jogo, o que leva os usuários a apostarem cada vez mais. Algumas vítimas chegaram a receber prêmios, mas foram solicitados a realizar pagamentos para liberar o dinheiro, e depois tiveram suas contas bloqueadas sem receber o prêmio prometido.
As investigações já resultaram no indiciamento de golpistas, com veículos e imóveis apreendidos. Além da contravenção penal relacionada ao jogo de azar, os envolvidos podem responder por estelionato, crime contra a economia popular, associação criminosa e lavagem de dinheiro.
A polícia está alertando a população para que fique atenta a esse tipo de golpe, que tem se tornado cada vez mais comum. A colaboração dos cidadãos é fundamental para combater essas práticas ilegais e proteger os consumidores de possíveis fraudes. A Polícia Civil segue investigando ativamente esses casos e tomando medidas para responsabilizar os envolvidos no esquema criminoso do “jogo do tigrinho”.