Em 2014, a média era de aproximadamente 1.750 agentes para cada 4.515 veículos cadastrados na cidade. No entanto, em 2023, cada agente precisava lidar com cerca de 7.500 veículos, o que representa um aumento significativo na carga de trabalho desses profissionais.
Essa diminuição no número de agentes se deve, em parte, a pedidos de aposentadoria e progressão de carreira. Para tentar suprir essa demanda, a gestão do prefeito Ricardo Nunes está em fase final de um concurso público que prevê a contratação de 254 novos agentes e gestores de trânsito. No entanto, mesmo com essas novas contratações, a cidade ainda teria um déficit de aproximadamente 650 agentes, de acordo com especialistas.
A falta de agentes tem impactado diretamente no trânsito da cidade, refletindo em engarrafamentos cada vez mais frequentes. Durante o Carnaval de 2024, por exemplo, quase 500 blocos saíram às ruas e os agentes tiveram dificuldades para controlar o fluxo de veículos.
Além disso, a idade média dos agentes de trânsito atualmente é de 55 anos, 8 anos a mais do que em 2014. Esse envelhecimento da equipe também tem sido um desafio, já que muitos profissionais estão optando por não fazer horas extras devido ao cansaço físico e mental que a profissão exige.
Com um número adequado de agentes de trânsito, a cidade poderia agir de forma mais rápida em situações de emergência, como quebras de semáforos em cruzamentos. A automação da fiscalização por meio de equipamentos eletrônicos tem sido uma alternativa, mas a presença dos agentes nas ruas ainda é fundamental para orientar os motoristas e garantir a segurança no trânsito.
Diante desse cenário, é fundamental que as autoridades municipais tomem medidas para aumentar o efetivo de agentes de trânsito e garantir uma melhor operação nas vias da cidade de São Paulo, visando a segurança e a fluidez do tráfego.