Entre os encaminhamentos propostos no encontro estão a criação de oficinas de diálogo com os jovens nas comunidades, a formação de agentes de saúde e de professores que atuam nas aldeias, o fortalecimento da rede de proteção com a participação de diferentes órgãos públicos, a elaboração de materiais informativos para distribuição nas aldeias e a construção de uma casa de acolhimento.
A avaliação do balanço do encontro foi positiva, segundo Alessandro Santos Mariano, chefe de gabinete da Secretaria Nacional dos Direitos das Pessoas LGBTQIA+. Ele ressaltou a importância do espaço para escutar as violações de direitos e para a formação dos participantes em relação aos seus direitos. O encontro também foi elogiado por estar conectado à cultura e organização dos indígenas, com destaque para os momentos ligados à espiritualidade das comunidades.
A organização do evento surgiu a partir de uma demanda da população Guarani Kaiowá e contou com o apoio da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), Ministério dos Povos Indígenas (MPI) e coletivo Distrito Drag. O encontro foi visto como um marco na luta pela igualdade e visibilidade dos indígenas LGBTQIA+ Guarani Kaiowá.
Além disso, o encontro recebeu a colaboração de órgãos como o Ministério da Saúde, Defensoria Pública da União (DPU) e Conselho Federal de Psicologia (CFP) para discutir importantes questões relacionadas aos direitos e à proteção da população LGBTQIA+. O evento também marcou a inauguração do programa Bem Viver+, voltado para enfrentar a violência e promover os direitos das pessoas LGBTQIA+ nos territórios do campo, das águas e das florestas.
Com previsão de novos encontros em outras regiões do país, a iniciativa busca promover a união e a mobilização social em prol de um futuro mais justo e inclusivo para todos os povos indígenas LGBTQIA+.