As tratativas envolvem os ministros da Justiça, Ricardo Lewandowski, das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, em diálogo com o governo argentino. A proposta é que os condenados pelos atentados tenham a opção de permanecer detidos na Argentina, caso não queiram retornar ao Brasil. A gestão de Milei já repassou ao Itamaraty uma lista com dados dos brasileiros foragidos.
Até o momento, as autoridades brasileiras identificaram que pelo menos 47 réus condenados ou com mandados de prisão em aberto fugiram para a Argentina e buscaram refúgio no país vizinho. A cooperação via adido tem sido fundamental para obter informações sobre o paradeiro dos 143 condenados pela tentativa de golpe.
Embora não tenha havido contato direto entre Lula e Milei desde a eleição do argentino, o presidente brasileiro deixou claro que espera um pedido de desculpas do líder argentino. Lula ressaltou a importância da relação entre os dois países e afirmou que uma eventual rusga entre os presidentes não deve abalar os laços históricos que unem o Brasil e a Argentina.
Portanto, a questão da extradição dos foragidos dos atentados golpistas se mantém em discussão e envolve uma complexa negociação entre os governos dos dois países. O desfecho desta situação irá moldar a relação bilateral e a cooperação futura entre Brasil e Argentina.