Sem a presença dos técnicos administrativos nas universidades, fica inviável operar normalmente, uma vez que eles são responsáveis pela manutenção do espaço, dos restaurantes universitários e pela operação de laboratórios, elementos fundamentais para as aulas práticas. Diante dessa situação, os estudantes da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) decidiram boicotar as aulas até que os funcionários retornem às atividades.
A greve dos técnico-administrativos teve início em 15 de março, cerca de um mês antes da paralisação dos professores. Entre as demandas dos técnicos estão a progressão de carreira mais rápida e o reajuste salarial a partir deste ano. A proposta do governo, que prevê progressão a cada cinco anos e aumento salarial de 9% a partir de janeiro de 2025, não agradou os servidores.
Por outro lado, a greve dos professores das universidades federais chegou ao fim no domingo (23), após 69 dias de paralisação. O Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes) decidiu encerrar a greve em assembleia, alegando a intransigência do governo em relação às negociações salariais. Para os docentes, prolongar a paralisação prejudicaria os estudantes, uma vez que o reajuste pedido para este ano não seria concedido pelo governo.
Além disso, no mesmo domingo em que os professores encerraram a greve, os servidores técnico-administrativos dos institutos federais também decidiram voltar ao trabalho. A proposta de reajuste salarial oferecida pelo governo para 2025 foi aceita, após negociações conduzidas pelo Sinasefe. No entanto, as reivindicações dos servidores eram por aumentos em datas diferentes, o que não foi contemplado integralmente pela proposta do governo.