A mudança na regulamentação foi antecipada pelo ministro Haddad em junho do ano passado, mas não havia sido efetivada até então. A previsão é que o decreto seja publicado antes da reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN) agendada para quarta-feira, das 15h às 17h. Esse encontro, que conta com a participação dos ministros da Fazenda e do Planejamento, juntamente com o presidente do Banco Central, é responsável por fixar a meta de inflação.
Até o momento, a meta de inflação vigente era referente ao ano-calendário, ou seja, o importante era estar dentro da meta no final do ano, independentemente do desempenho ao longo do período. Com a mudança para a meta contínua a partir de 2025, o Banco Central terá a responsabilidade de monitorar permanentemente a meta de 3%, o que, segundo especialistas, pode auxiliar na gestão de choques inflacionários.
Além disso, a alteração no regime de metas de inflação visa reduzir o risco de populismo econômico, uma vez que governantes costumavam adotar medidas paliativas para manter a inflação dentro dos limites estabelecidos. Com essa nova abordagem, a expectativa é que o Banco Central tenha uma maior estabilidade na definição da taxa de juros, contribuindo para uma política econômica mais eficaz e planejada.