OAB cria comissão para frear retrocessos na profissionalização das polícias de SP sob gestão Tarcísio de Freitas.

A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em São Paulo decidiu criar uma comissão especial para monitorar e tentar frear os retrocessos na política de segurança pública promovidos pela gestão de Tarcísio de Freitas, do partido Republicanos. A comissão será liderada pelo advogado Alberto Zacharias Toron e contará com a participação de representantes da sociedade civil, como do Instituto Sou da Paz, Conectas Direitos Humanos e das próprias polícias estaduais, segundo informações divulgadas.

Essa iniciativa surgiu após uma série de preocupações levantadas pela entidade, incluindo o suposto abandono da política de redução da letalidade policial e a interferência do secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, na cúpula da Polícia Militar. O advogado Toron expressou sua preocupação com a mudança de políticas implementadas anteriormente pela Polícia Militar em relação à letalidade policial e criticou a adoção de um modelo de câmeras corporais nas PMs com liga e desliga, em vez do sistema de gravação ininterrupta.

Além disso, ele também destacou a preocupação com as mudanças feitas por Derrite na cúpula da PM, movimentando oficiais alinhados politicamente a ele e rebaixando aqueles favoráveis às câmeras corporais. Toron ressaltou a importância de não permitir retrocessos na ação policial, visando uma polícia de maior qualidade e eficiência, com foco na segurança da população.

Outros pontos que serão acompanhados pela comissão incluem a crise entre as polícias Civil e Militar, a lavratura dos termos circunstanciados por militares e a crescente militarização da segurança pública em detrimento da Polícia Civil. O governo, por sua vez, destacou os investimentos em treinamento dos policiais e os avanços na redução de crimes violentos e contra o patrimônio, sem comentar as críticas recebidas.

Diante desse cenário de preocupações e mudanças na segurança pública em São Paulo, a OAB busca atuar de forma proativa e colaborativa para proteger os direitos e a segurança da população, mantendo um olhar crítico e atento às ações do governo e das forças de segurança.

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