No entanto, o coordenador destacou que houve uma pressão em alimentos industrializados na última semana, especialmente derivados do leite e de trigo. Essa pressão, explica Moreira, se deve às altas anteriores dos produtos in natura, que acabaram afetando os industrializados agora. Apesar de o número geral não ter sofrido variações significativas, houve uma mudança de composição importante nesse cenário.
Na passagem da segunda para a terceira quadrissemana de junho, o IPC-Fipe teve uma aceleração residual de 0,38% para 0,40%, com destaque para a categorias de Alimentação, que subiu de 0,95% para 0,99%. Moreira também chama a atenção para a abertura de alimentação fora do domicílio, que passou de 0,97% para 1,38%.
O coordenador avalia que essa aceleração está relacionada à inflação de serviços, mais ligada ao aumento da demanda do que aos custos de produção. O cenário demonstra uma dinâmica complexa no mercado de alimentos, com variações pontuais e impactos tanto sobre os produtos in natura quanto sobre os industrializados. É importante estar atento a essas movimentações para compreender os possíveis desdobramentos na economia e no cotidiano dos brasileiros.