Essa abordagem, segundo a dirigente, permite uma análise mais ampla dos dados e a consideração de cortes nas taxas de juros caso haja avanços na inflação ou uma deterioração no mercado de trabalho nos EUA. Apesar de reconhecer que os preços tiveram apenas um avanço modesto em 2024 e de que o mercado de trabalho continua apertado, Bowman projetou que o aumento na imigração, o crescimento dos salários e a contínua pressão no mercado de trabalho podem resultar em uma persistência da inflação de serviços, o que vai contra a meta de estabilidade de preços em 2%.
A diretora também destacou outros riscos potenciais de aceleração da inflação, como tensões geopolíticas e o aumento da demanda por relaxamento das condições financeiras ou estímulos fiscais adicionais. Por outro lado, ela apontou que o crescimento econômico dos EUA deve desacelerar, acompanhando a redução nos gastos de consumo e na atividade imobiliária.
Além disso, Bowman fez críticas às mudanças propostas pelo Fed e por outros órgãos reguladores americanos para alterar regras de capital bancário com base nos modelos da Basileia III, alertando para possíveis riscos ao sistema financeiro dos EUA. Em seu discurso, a diretora ressaltou a importância de uma abordagem prudente diante das incertezas econômicas e dos desafios enfrentados no cenário internacional.